quarta-feira, 17 de março de 2010
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Ode aos bons costumes
ARTE DE PEDIR EM NAMORO -REEDIÇÃO REVISTA E AMPLIADA
É namoro ou amizade? Rolo, cacho, ensaio de amor, romance ou pura clandestinidade?
“Qualé a sua, meu rapaz?!”, indaga a nobre gazela.
E o homem do tempo nem chove nem molha. Só no mormaço, só na leseira das nuvens esparsas.
No tempo do amor líquido, para lembrar o título do ótimo livro de Zygmunt Bauman sobre a fragilidade dos encontros amorosos, é difícil saber quando é namoro ou apenas um lero-lero, vida noves fora zero...
Cada vez mais raro o pedido formal de enlace, aquele velho clássico, o cara nervoso, se tremendo como vara verde: “Você me aceita em namoro”?
O tempo passava e vinha mais um pedido clássico e igualmente tenso. O pedido de noivado.
Mais adiante, a hora fatal, mais uma tremelica do jovem mancebo: Você me aceita em casamento?
E pedir a mão,aos pais, meu Deus, haja nervosismo, melhor tomar um conhaque na esquina para encorajar-me.
São raros, raríssimos hoje esses nobres pedidos. Em alguns setores mais modernos e urbanos, digamos assim, talvez nem exista mais.
O amor e as suas mudanças.
A maioria dos homens, além de não pedir em namoro, além de não pegar no tranco, ainda corre em desespero diante de uma sugestão ou proposta de casamento feita pela moça.
O capítulo bom da história é que agora as mulheres também partem para o ataque e, diante de uns temerosos ou acanhados sujeitos, escancaram suas vontades, suas paixões, e fazem suas apostas, seus pedidos, põem na mesa os seus desejos e as cartas de intenções.
Voltando ao mundo dos homens, lembro que era bem bacana esse suspense masculino do “você quer namorar comigo?”
Havia sempre o medo do fora. Um sim, mesmo o mais previsível, era uma festa.
“Quer namorar comigo?”
No tempo do “ficar”, quase nada fica, nem o amor daquela rima antiga.
Alguns sinais, porém, continuam valendo e dizem muito. O ato das mãozinhas dadas no cinema, por exemplo, ainda é o maior dos indícios.
Tanto quanto um bouquet de flores, mais do que uma carta ou um email de intenções, mais do que uma cantada nervosa, mais do que o restaurante japonês, mais do que um amasso no carro, mais do que um beijo com jeito, daqueles que tiram o gloss e a força dos membros inferiores.
“Vamos pegar uma tela, amor?”, como se dizia não muito antigamente.
Eis a senha.
Mais até do que um jantar à luz de velas, que pode guardar apenas um desejo de sexo dos dons Juans que jogam o jogo jogado e marketeiro.
O cinema, além da maior diversão, como diziam os cartazes de Severiano Ribeiro, é a maior bandeira.
Nada mais simbólico e romântico.
Os dedos dos dois se encontrando no fundo do saco das últimas pipocas...
Não carecem uma só palavra, ainda não têm assuntos de sobra.
Salve o silêncio no cinema, que evita revelações e precoces besteiras.
Ah, os silêncios iniciais, que acabam voltando depois, mas voltando sem graça, surdo e mudo, eterno retorno de Jedi. Nada mais os unia do que o silêncio, escreveu mais ou menos assim, com mais talento, claro, Murilo Mendes, poeta dos melhores e mais líricos.
Palavras, palavras,palavras...
Silêncio, Silêncio, silêncio...
Dessas duas argamassas fatais o amor é feito e o amor é desfeito. Simples como sístole e diástole de um coração que ainda bate.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Bom feriado com The Frames (Glen Hansard)
Glen Hansard - Song For Someone
Bom Feriado.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
The Dead Weather - Treat Me Like Your Mother
dica de Rafael Falasco
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
terça-feira, 20 de outubro de 2009
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Cursive on Letterman (March 13, 2009)
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Boa tarde com Bright Eyes
Bright Eyes - We Are Nowhere And It's Now
If you hate the taste of wine
Why do you drink it until you're blind?
And if you swear that there's no truth and who cares
How come you say it like you're right?
Why are you scared to dream of God
When it's salvation that you want?
You see stars that clear have been dead for years
But the idea just lives on
In our wheels that roll around
As we move over the ground
And all day it seems we've been in between
The past and future town
We are nowhere, and it's now
We are nowhere, and it's now
And like a ten minute dream in the passenger seat
While the world was flying by
I haven't been gone very long
But it feels like a lifetime
I've been sleeping so strange at night
Side effects they don't advertise
I've been sleeping so strange
With a head full of pesticide
I've got no plans and too much time
I feel too restless to unwind
I'm always lost in thought as I walk the block
To my favorite neon sign
Where the waitress looks concerned
But she never says a word
Just turns the jukebox on and we hum along
And I smile back at her
And my friend comes after work
When the features start to blur
She says these bars are filled with things that kill
By now you probably should have learned
Did you forget that yellow bird?
How could you forget your yellow bird?
She took a small silver wreath and pinned it on to me
She said, "This one will bring you love"
And I don't know if it's true
But I keep it for good luck
*Postagem Especial*
Um beijão. Adoro você.
letra
Bom dia com The Frames
Bom dia.
Glen Hansard já é velho conhecido nosso e nessa música, pra variar, ele emociona.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Elliott Smith - Either/Or
Acho que seria impossível exprimir em palavras a beleza das músicas de Elliott Smith. Resolvi subir o primeiro album ao qual tive contato. Umas das obras mais sinceras que eu já ouvi.
Elliott Smith - Either/Or